Dar água ao bebé. Que estratégias utilizar?
Já é do conhecimento geral que o corpo humano é constituído essencialmente por água, sendo por isso essencial à vida!
Os bebés e as crianças não são exceção, pelo contrário, podem ter alguma dificuldade em se manter bem hidratados. Pelo que, a par com os idosos, são considerados um grupo de risco no que diz respeito à hidratação.
E porquê?
Têm menos reservas que os adultos;
Têm mais dificuldade em identificar os sinais antecessores da desidratação;
São mais ativos que os adultos;
Não percebem a importância da água no bom funcionamento do organismo.
Então a partir de que idade se deve começar a dar água no seu estado natural ao bebé? E que estratégias utilizar?
Sabe-se que é desde muito cedo que os hábitos alimentares e de hidratação se formam. No entanto, e salvo raras exceções que devem ser avaliadas com o pediatra de referência, os bebés amamentados em exclusivo até aos 6 meses, não necessitam de reforço hídrico.
A familiaridade com a água é o primeiro passo para a criança aprender e integrar o gosto da mesma. Assim, a estimulação da hidratação deve ser iniciada aquando da diversificação alimentar. Ou seja, para bebés com cerca de 6 meses amamentados em exclusivo e para bebés com cerca de 4 meses alimentados com leite artificial ou em regime misto (leite materno e leite artificial).
Estudos mostram que bebés com cerca de 4 meses de idade têm maior preferência por água com um sabor mais característico, comparativamente a água mais insípida. Pelo que, também por isto, a Vimeiro Original poderá ser uma boa opção.
Nesta fase inicial de contacto com a água, a estimulação deve ser feita de forma lenta e progressiva. A criança precisa de provar, inicialmente em pequenas quantidades, para pouco a pouco aumentar a sua aceitação. Assim, nesta altura é necessária persistência, mas também paciência dos pais para que não desistam demasiado cedo, pensando que o bebé não gosta de água. Pode ser utilizada a forma clássica do biberão ou outras estratégias como o uso de uma colher pequena.
Alguns bebés podem ter dificuldade em apreciar a temperatura naturalmente fria da água, mesmo que esteja à temperatura ambiente. Pelo que, nestes casos, também se pode aquecer ligeiramente, de forma a que fique tépida.
Regra geral, a água engarrafada não necessita de ser fervida. Mas, particularmente a água Vimeiro Original, não deve mesmo ser fervida, sob pena de perder todas as suas importantes caraterísticas minerais e consequentes benefícios.
O chá diluído, frio ou morno, sem adição de açúcar e sem teína, pode ser também uma opção.
Ter água à disposição em vários pontos da casa (em cima da mesa da cozinha, no quarto, na sala…) para que se lembre de a propor ao bebé ao longo do dia, também poderá ser uma boa e válida estratégia para qualquer uma das fases.
A partir dos 8/9 meses, a segurança e estabilidade posturais, o controlo dos movimentos de preensão e a curiosidade natural já permitem o desenvolvimento de outras técnicas para o incentivo do consumo de água.
Nomeadamente:
Ter à disposição um biberão ou copo de cor atraente e/ou com asas;
Permitir que seja o bebé a segurar no biberão ou copo, de acordo com as suas capacidades motoras, auxiliando-o claro no processo, mas também ajudando-o a desenvolver a sua autonomia;
Associar o momento de beber água a algo lúdico e prazeroso como cantar uma canção, contar uma história, fazer um jogo, …;
Criar uma rotina – propor, por exemplo, um copo de água todas as manhãs ao pequeno-almoço, no regresso a casa, na hora do lanche, antes ou a seguir ao banho.
A partir do primeiro ano de idade, quando a alimentação da criança é semelhante à de toda a família, pode também aromatizar a água, sem adição de açúcar, com frutas da época, hortícolas ou ervas, de forma a atribuir e variar o sabor.
Mais tarde, a partir dos 2/3 anos pode propor o uso da palhinha de forma a tornar o momento mais atrativo.
Durante o verão, a água pode ser dada de uma forma mais divertida, com a utilização de cubos de gelo. Não esquecer de passar o cubo de gelo por água, para evitar que se cole no interior da boca.
É sobretudo a partir desta fase do desenvolvimento em que a criança observa atentamente os pais e começa a querer imitá-los, seja o exemplo! Se o seu filho o vir a beber um copo de água, talvez lhe peça para fazer a mesma coisa!
Ao longo de todo o processo não se esqueça que muitos dos alimentos que a criança come, como o leite, a sopa, os legumes ou a fruta, têm uma grande percentagem de água na sua composição.
E não se esqueça também, que a criança saudável tem a capacidade de se autorregular relativamente à sensação de sede. Portanto, se recusar beber água no momento que propõe, confie que vai aceitar beber posteriormente.
Esperamos que as sugestões tenham sido úteis! Mas não fique por aqui, seja criativo e dê asas à sua imaginação!
Muitas outras estratégias podem ser também eficazes. Partilhe-as connosco enquanto continuam a cuidar do vosso corpo por inteiro, com Água do Vimeiro.
Enf. Célia Pinheiro
Enfermeira em Pediatria e Conselheira em Aleitamento Materno pela UNICEF
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