Importância da hidratação durante a gravidez
Sabemos que uma boa hidratação é essencial ao longo de todo o ciclo vital, no entanto, existem períodos em que devemos dar ainda mais importância à água que bebemos. A gravidez é um deles!
Durante a gravidez ocorrem no corpo da mulher inúmeras transformações e adaptações que visam o desenvolvimento do feto. Uma dessas alterações relaciona-se precisamente com o aumento do volume hídrico corporal que aumenta entre 6 e 8L nas mulheres grávidas saudáveis.
Quais são então as razões e as funções deste aumento de volume de água corporal na mulher grávida?
Formação da placenta
A placenta tem na sua constituição 85% de água e o seu volume aumenta ao longo da gravidez, uma vez que é proporcional ao peso do feto.
A principal função desta estrutura é assegurar as trocas entre o sistema fetal e o sistema materno. As trocas de oxigénio, de nutrientes incluindo a água e de detritos entre estes dois sistemas ocorrem na placenta.
A título de curiosidade, estima-se que a quantidade de água que é trocada entre a mãe e o feto varia entre 100ml/hora às 12 semanas de gestação e 3600ml/hora no final da gravidez.
Formação do líquido amniótico
O líquido amniótico é o líquido que envolve o feto no interior da membrana amniótica e constitui o ambiente onde o futuro bebé se vai desenvolver. É claro e amarelado e o seu volume varia entre 500 e 1200ml durante a gravidez.
Tem como principais funções, por um lado, proteger o feto contra os traumatismos mecânicos, as variações de temperatura e as infeções bacterianas e, por outro lado, permitir o normal desenvolvimento do feto e que este se movimente no interior do ventre materno.
De ressalvar que o volume de líquido amniótico é um indicador do bem-estar fetal.
Aumento do volume sanguíneo
O plasma, a fase líquida do sangue e o seu maior componente, é constituído essencialmente por água. Durante a gravidez este aumenta cerca de 40 a 50% comparativamente à mulher não grávida.
Este aumento de volume sanguíneo é essencial para a vascularização da placenta, sem comprometer a perfusão dos restantes órgãos maternos. Permite também as trocas de nutrientes e outros compostos entre o feto e a mãe via placenta e tem ainda um papel importante de reserva fisiológica em caso de hemorragia.
De que forma a água contribui para a prevenção de desconfortos e complicações da gravidez?
Para além deste papel muito importante na formação de estruturas e adaptação do corpo da mulher, fundamental para o desenvolvimento do feto, uma hidratação adequada contribui também para a prevenção de alguns desconfortos e complicações da gravidez como a obstipação e infeções urinárias.
Obstipação
A obstipação, ou prisão de ventre, é um desconforto muito frequente na gravidez e são vários os fatores que contribuem para o seu aparecimento – alterações hormonais, alterações anatómicas, como o aumento da pressão exercida pelo tamanho do útero, ou a toma de alguns suplementos como o ferro ou o ácido fólico.
Assim, durante todo o ciclo vital, mas ainda com mais ênfase durante este período, a mulher deve dar especial atenção à sua alimentação optando por consumir alimentos ricos em fibra. No entanto, para que se alcance os efeitos desejados, é fundamental que esta prática seja acompanhada de um consumo de água adequado. O contacto das fibras com a água torna as fezes moles e acelera o seu processo de evacuação. Não descurando, é claro, a prática regular de exercício físico recomendado e adequado para grávidas.
Para além disso, sabe-se também que o magnésio funciona como um laxante orgânico. Sendo a Água do Vimeiro bastante generosa neste mineral, apresentando 29,1mg/L, revela-se uma ótima escolha para a mulher grávida.
A combinação de todos estes fatores pode ser um ótimo aliado na regulação do trânsito intestinal e na prevenção de outras situações consequentes, como as hemorroidas.
Infeções urinárias
A infeção urinária é uma das complicações mais frequentes durante a gravidez e é provocada pela presença de bactérias na urina. Em virtude das modificações que ocorrem nas vias urinárias durante a gravidez, a infeção urinária pode transformar-se mais facilmente em pielonefrite (infeção renal) na mulher grávida comparativamente à mulher não grávida.
Alguns estudos efetuados mostram que a desidratação crónica ou o consumo insuficiente de água aumentam a vulnerabilidade ao desenvolvimento de infeções urinárias. Contrariamente, o consumo adequado de água diminui esta sensibilidade. Uma das hipóteses explicativas pode estar relacionada com o aumento do consumo de líquidos e o consequente efeito de “descarga”, diminuindo o risco de aderência e colonização das bactérias nas vias urinárias.
Pela sua saúde e pelo desenvolvimento saudável do seu bebé ao longo de toda a gravidez, tenha hábitos de hidratação cuidados, adequados e regulares. De preferência, optando por uma água mineral que garanta o aporte de minerais essenciais para esta fase. Consulte o comparador de águas e faça escolhas conscientes.
No próximo artigo falaremos do consumo de água recomendado durante a gestação e partilharemos algumas sugestões quer para melhorar o seu consumo diário de água quer para que, de forma simples e prática, possa vigiar o seu estado de hidratação.
Até lá, já sabe:
Cuide do seu corpo por inteiro. Beba Água do Vimeiro
Enf. Célia Pinheiro
Enfermeira em Pediatria e Conselheira em Aleitamento Materno pela UNICEF
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