Dificuldade respiratória no bebé e na criança e a importância da hidratação
Com a chegada do inverno as infeções das vias respiratórias nos mais pequenos são motivo de preocupação para muitos pais e famílias em Portugal, e também no resto do mundo.
Existem algumas particularidades na anatomia do aparelho respiratório do bebé e da criança, que fazem com que estas tenham uma maior suscetibilidade ao desenvolvimento de patologias do foro respiratório, face a um adulto. Nomeadamente:
– Até aos 3 meses, aproximadamente, a respiração do bebé ocorre sobretudo por via nasal. Assim, a obstrução do nariz por secreções pode levar ao aumento do esforço respiratório;
– O pescoço do bebé é mais curto que o do adulto e as estruturas respiratórias estão mais próximas umas das outras;
– O diâmetro das vias respiratórias é mais pequeno relativamente ao adulto, obstruindo-se muito mais facilmente em caso de inflamação;
– A imaturidade dos pulmões à nascença e a área alveolar significativamente mais pequena, também levam à deterioração respiratória rápida no bebé e na criança.
Então o que são as infeções respiratórias?
São infeções de uma ou mais estruturas do aparelho respiratório. Na sua maioria de origem viral, e raramente de origem bacteriana. Surgem recorrentemente na infância e as mais comuns são a bronquiolite, a laringite e a pneumonia.
Bronquiolite
A bronquiolite é uma infeção, geralmente provocada por vírus, que leva à inflamação dos bronquíolos e ao preenchimento dos mesmos com secreções. É muito frequente nos bebés com idade inferior a 2 anos. Geralmente começa com uma constipação – corrimento, obstrução nasal e tosse. Posteriormente, podem aparecer sinais de dificuldade respiratória, pieira, farfalheira, irritabilidade e dificuldade na alimentação. A febre pode ou não estar presente.
Pneumonia
A pneumonia trata-se de uma infeção dos pulmões. Habitualmente tem origem viral até aos 5 anos de idade, mas pode também ocorrer devido a uma infeção bacteriana. Os principais sintomas são febre alta e tosse e a criança pode apresentar também dificuldade respiratória, dor ao respirar, dor abdominal e vómitos.
Laringite
A laringite é uma inflamação da laringite, o órgão onde se localizam as cordas vocais, tendo geralmente origem viral. Ocorre normalmente nas crianças entre os 3 meses e os 5 anos de idade, tendo um pico de incidência aos 2 anos. Os principais sintomas são a tosse rouca – a chamada tosse de cão – rouquidão, dor de garganta e febre. O estridor – som agudo durante a inspiração – também é frequente e pode aumentar com a agitação, o choro e o ambiente quente. Os sintomas podem tender a piorar à noite.
De que forma a hidratação está relacionada com as patologias do foro respiratório?
Como abordado no artigo https://www.equilibriovimeiro.pt/sinais-de-desidratacao-no-bebe-e-na-crianca/, as principais causas de desidratação são de origem cutânea, respiratória e gastrointestinal. Assim, a respiração rápida, a febre (caso exista) e os vómitos que surgem muitas vezes em consequência da tosse, aumentam o risco de desidratação. Sabemos, ainda, que o agravamento da dificuldade respiratória, pode impossibilitar o bebé de ingerir as suas refeições na quantidade desejada e suficiente, levando à recusa alimentar ou ao cansaço extremo durante a alimentação.
Quais os principais cuidados a ter nestas situações?
– A lavagem do nariz com soro fisiológico, sempre que necessário e principalmente antes das refeições;
– O fracionamento das refeições, ou seja, oferecer alimentos mais vezes ao longo do dia mas em menor quantidade;
– Oferecer líquidos com muita frequência, para prevenir a desidratação. Opte por uma água mineral natural que contenha eletrólitos/minerais essenciais à saúde e bem-estar do seu bebé ou, em casos de desidratação, que ajude a combatê-la de forma mais rápida e eficaz;
– Não utilizar medicamentos não prescritos, incluindo aerossóis, ou para a tosse. (a tosse é um mecanismo natural de defesa do corpo, para libertar as secreções acumuladas ao nível das vias respiratórias);
– Lavar as mãos com muita frequência, de forma a evitar o contágio;
– Vigiar atentamente os sinais de agravamento da dificuldade respiratória:
– Respiração rápida;
– Tiragem – covas na pele por baixo do pescoço, entre e por baixo das costelas;
– Balanceio da cabeça;
– Adejo nasal – movimento ritmado de abertura das asas do nariz;
– Tosse contínua.
– Vigiar atentamente a regularidade e quantidade de urina do seu bebé bem como os restantes sinais de desidratação que pode consultar no artigo https://www.equilibriovimeiro.pt/sinais-de-desidratacao-no-bebe-e-na-crianca/.
O agravamento da respiração, desidratação bem como do estado geral do bebé e da criança pode precipitar-se de forma brusca pelo que, principalmente nos lactentes (0-2 anos), deve estar especialmente atento. À mínima dúvida não hesite em contactar um profissional de saúde, para que o aconselhamento e acompanhamento sejam o mais adaptado possível à situação do seu bebé.
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Enf. Célia Pinheiro
Enfermeira em Pediatria e Conselheira em Aleitamento Materno pela UNICEF
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